O percentual é obtido no comparativo entre a estimativa da população residente nos municípios brasileiros, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) neste ano, com o censo demográfico de 2010. Nos últimos quatro anos, Sinop foi o município que mais cresceu em número de habitantes, com aproximadamente 13% de aumento, considerando as cinco cidades mais populosas do Estado: Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Tangará da Serra.

Uma das razões que influencia este crescimento em Sinop é o “boom” no mercado imobiliário, explica o secretário municipal de Finanças, Orçamento e Planejamento, Teodoro Moreira Lopes. Além disso, argumenta que investimentos nas áreas básicas, como saúde, educação e infraestrutura têm atraído não somente moradores, mas empresários. “Temos investido cerca de 30% na saúde, quando a lei fala em 15%. Queremos chegar ao fim de 2016 com a cidade quase toda asfaltada. Isso nos torna atrativo”.

Outro fator para a taxa de crescimento são as universidades, a exemplo dos campi da Unemat e da UFMT. “São poucas cidades que têm universidade federal e estadual”, ressalta Teodoro. Apesar dos apontamentos positivos, o secretário acredita que os investimentos estaduais e federais poderiam ser maiores. “Para as coisas irem bem tem que investir muito mais. O governo federal ajuda muito pouco. No governo estadual passado tivemos apoio, mas não o quanto Sinop merecia”.

Tangará da Serra.

Em segundo lugar neste ranking aparece Tangará da Serra, com aproximados 11% de aumento no número de habitantes, de 2010 para cá. O vice-prefeito, José Pereira Filho (PT), entende que o número é reflexo da estabilidade política da gestão, bem como o ânimo do segmento empresarial. “O poder público está fazendo bem a parte dele, e isso é um atrativo para as pessoas virem para cá”.

O petista cita melhorias na infraestrutura da cidade, como o asfaltamento dos bairros, que chega a 90%, e a recuperação de escolas rurais. Contudo, critica que a saúde seja bancada em grande parte pelo município, embora alguns convênios firmados com o Estado, a exemplo do Samu e do Centro de Hemodiálise. “O hospital municipal não tem participação do Estado, nem transferência. O município faz o que pode”.

Rondonópolis

Já em Rondonópolis, onde a taxa ficou em torno de 9,3%, o prefeito Percival Muniz (PPS) pondera que no mesmo ritmo crescem os problemas.

Ele argumenta, no entanto, que a coragem também. “É extraordinário, nós temos um crescimento vegetativo de 3% e real de 10%. A cidade está crescendo muito e isso é muito bom”, avalia.

Últimas no ranking

Em quarto lugar está Várzea Grande, com aumento da população em 6%. Cuiabá, por sua vez, aparece em quinto lugar, com aumento populacional de 5%. Para o superintendente do Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Urbano de Cuiabá (IPDU), Benedito Libânio de Souza Neto, o índice apesar de baixo é bom, mas pondera que o que falta é a infraestrutura. “Quando a cidade cresce, crescem todas as demandas”. Ele ressalta que investimentos em saúde e segurança também são indispensáveis.

Libâneo acredita que Cuiabá ainda tem muito que crescer e comenta que uma cidade deste porte deve buscar sanar os problemas como a mobilidade urbana. “Hoje se discute muito esta questão e isso precisa ser bem definido”.

Fonte: Rádio Pioneira com RDNEWS