País volta a registrar criação de empregos após 22 meses, aponta Caged

20 de março de 2017 - 08:31 - 899 views

Depois de 22 meses de balanços negativos, o país voltou a registrar a criação de empregos no mês de fevereiro, com a abertura de 35.612 novos postos formais. O anúncio, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foi feito pelo presidente Michel Temer na tarde desta quinta-feira (16/3). Este é o primeiro resultado positivo desde março de 2015, quando foram abertos 19.282 postos de emprego formal.

Temer tem usado o mote de geração de emprego como um dos principais discursos de seu governo e aproveitou os dados para gerar uma agenda positiva. “A economia brasileira volta a crescer e os sinais desse fato são cada dia mais claros. Em fevereiro, o número de empregos formais criado foi de 35.612 vagas. Isso é depois de 22 meses de números negativos”, disse Temer.
 
Em fevereiro de 2016, foi registrado um saldo negativo, com a perda de 104.582 postos formais de emprego. Em janeiro, houve perda de 40.864 vagas com carteira assinada, consequência de 1.225.262 admissões e 1.266.126 desligamentos. Nos últimos 12 meses, foram fechados 1,28 milhão de empregos formais.
O presidente ainda aproveitou o anúncio para dizer que a inflação segue em queda e comemorou a mudança  na perspectiva do ratings dos títulos da dívida do Brasil de negativa para estável. É uma queda substancial em pouquíssimo tempo. Essa percepção eu pude detectar quando recebia os dirigentes do citi group que me disseram que há seis meses não fariam a avaliação que estavam fazendo naquele momento.

Reforma da Previdência

Temer voltou a defender a aprovação da reforma da Previdência pelo Congresso Nacional e disse que analisará as ressalvas em torno do projeto. A proposta enfrenta resistência da base e é apontada pelo governo como fundamental para o crescimento do país.
 
“O Congresso tem dado apoio ao governo e tenho a sensação de que o Congresso continuará apoiando essas medidas, que reforçam a ideia da estabilidade das instituições. Quando se fala em reforma da previdência, claro que há observações, que serão examinadas pelo governo”, disse o presidente.
 
Fonte: Correio Braziliense.